Vida – Alma – 03/10/2014

Carrego em mim várias vidas passadas

Carrego n’alma várias formas de amar

Carrego em mim a soma de todos os amores

Carrego n’alma a soma de todas as vidas

Por acaso sabe o que vai à minha alma?

Garanto que esta não é a única forma de amar

Não ache que por me ter, por um momento,

Que me conhece por inteira

Você não conhece o que vai à minha alma

Em minha vida carrego várias almas

E estas almas carregam o amor, em sua plenitude

Em minha alma carrego todas as vidas já vividas

Em meu amor o resultado da soma da alma e a vida

Sede - 09/08/2014

Ando com sede, não uma sede que acaba com o líquido.
A água não me abastece mais.
O alimento já não é aquele que me satisfaz.
Tenho sede de vida.
Cometer loucuras, andar por aí sem pensar em nada.
Aprender a não pensar, apenas sentir.
Mas o que sentir?
O vento no rosto, a água gelada no corpo.
O sol que aquece, apenas ouvir
O quebrar das ondas no mar
O som da música da alma.
Ouvir o batimento do coração acelerar.
No fim ando com sede, sede de viver, sede de vida.

Tempo, Necessidade, Sentimento, Julgamento

Resolvi parar para pensar um pouco nas circunstâncias da vida.

Já fez isso antes? Não? Garanto que se fizer vai valer a pena.

Então vamos lá... a vida pede tempo, sim, tempo! Tempo para que tudo ocorra da forma certa. E, embora, nem sempre consigamos compreender essa necessidade, o tempo é um remédio necessário.

Aliás, vamos pensar nessa necessidade? Do que você necessita? De felicidade? De vida? De mais tempo? Ah, eu necessito disso tudo, mas como diz a música, “desejo um amor para recordar”.

Já que falei de amor... já pensou no quanto somos capazes de julgar esse sentimento? Analisamos a situação e pré-julgamos. Criamos conceitos equivocados a respeito.

Só que deixamos de observar que quando tratamos de atração, desejo, sentimento, enfim, de amor que não existe certo ou errado apenas se sente.

Além disso, sentir faz parte do ser humano, cada um de nós sente de uma forma, e não importa o sentimento.

E, se somos indivíduos, únicos, não nos compete julgar, não existe certo ou errado, mas existe a sua verdade e a sua realidade que pode ou não ser igual a minha ou à do próximo.

Eu disse ando pensando nas circunstâncias da vida, neste caso: Tempo, Necessidade, Sentimento, Julgamento...

O Tempo – 29/06/2014

Já pensou em quanto usamos a palavra tempo?

Sempre que queremos por um fim em algo, dissemos: vamos dar um tempo.

Quando está cheio de coisas a serem feitas: preciso de mais tempo.

Quando está na maior correria e queria estar com aquela pessoa: gostaria de ficar com você mais tempo...

Já pensou como o tempo nunca é suficiente para fazermos tudo o que queremos? Também não é suficiente para estar com quem queremos.

O tempo nunca passa quando queremos e corre quando não queremos, parece que gosta de brincar com as nossas vontades.

Funciona assim, ou ele é insuficiente porque é curto de mais, ou ele é extremamente longo, porque nunca passa.

Fato: o tempo brinca com as nossas vontades. E teima em ter, um digamos: “tempo” próprio! Que muitas vezes parece impróprio.

Agora mesmo, gostaria que o tempo corresse, só assim, acredito que, muita coisa se transformaria dentro de mim.

É ando na fase da transformação e, o tempo, ah esse continua a brincar comigo! Teima em andar bem devagar!

E de repente algumas coisas que faziam sentido, passam a não fazer mais.
O sentimento, aos poucos, se transforma e você passa a perceber como tão sem sentido a vida pôde ser transformada.
O sentimento contido se transforma, o tempo passa e você se transforma.
O amor muda de endereço, aquilo que era certo virou duvidoso e o que era dúvida vira certeza.
E você, Ah! Você novamente se transforma.
Então, percebe que, inevitavelmente, não é mais a mesma, sua cabeça não é mais a mesma, seu coração não é mais o mesmo, pulsa de uma forma diferente.
Sente de uma forma diferente. Sorri de uma forma diferente.
Percebe, então, que a vida e o sentimento transformaram-se dentro de você.
Então, você se indaga quanto mais pode ser transformado?

QUEM SOU - 01/06/2014

Já não sei quem sou

Não reconheço aquela que olho no espelho,

A imagem refletida não espelha a pessoa propriamente dita

Quem sou?

Sou reflexo das escolhas

Reflexo do caminho trilhado

Reflexo do sentimento controlado

Sou reflexo das escolhas

A verdadeira imagem não refletida

Aquela que não pode mais ser contida

Agora luta para ser sentida

Luta para ser vivida

Quem sou?

O reflexo sem nexo, convexo, complexo

Sou o somatório do nada

Sou a ausência de tudo

O reflexo claro, côncavo, desconexo.